399 Acessos
Encontro foi realizado em Cuiabá e Alto Araguaia teve o coordenador do Acessuas, Ademilson Lopes como representante[/caption]
A programação começou às 9h (Brasília) e só terminou às 17h, com duas horas de intervalo para o almoço. Destaque para a presença do assessor técnico do MDS, Josibel Rocha Soares. Ele viajou de Brasília até a capital estadual para prestar os esclarecimentos necessários aos participantes.
Por cerca de 45 minutos, o assessor fez uma breve apresentação do Acessuas. Porém, na maior parte do tempo respondeu perguntas formuladas pelos presentes. Isso reforça o quanto as cidades ainda têm dúvidas na implementação do projeto e como foi importante a iniciativa.
Dificuldade na relação entre secretarias de assistência social e centros de ensino que realizam cursos do Pronatec
De acordo com Soares, a principal questão debatida durante a reunião foi a fragilizada relação entre as unidades ofertantes e as unidades demandantes dos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), destinados às famílias de baixa renda.
“Acho que foi possível esclarecer várias dúvidas de todos os municípios que participaram dessa capacitação. Mas, o que mais me chamou atenção foram as grandes dificuldades de negociação entre as unidades ofertantes e as secretarias municipais de assistência social. Há um grande conflito! Na verdade, as unidades ofertantes querem fazer ‘mercado’ com as vagas que são destinadas para o público da assistência social”, explicou Soares.
Unidade ofertante é a entidade paga pelo Ministério da Educação para realizar os cursos do Pronatec – é onde o estudante aprende a formação profissional – como nos institutos federais de educação e nas unidades do sistema “S” (Senai, Sebrae, Senar e Senac).
Já as unidades demandantes solicitam os cursos para as pessoas que elas atendem. Na maioria das vezes, são as secretarias municipais de assistência social. Elas escolhem os cursos que querem oferecer, conhecem e mantêm contato com a população de baixa renda e por isso realizam o encaminhamento para as matrículas.
As unidades ofertantes apenas realizam os cursos de qualificação profissional. Quem faz a identificação do público, as matrículas e as escolha dos cursos de interesse da comunidade é a assistência social dos municípios. Porém, não está havendo um entendimento sobre essas atribuições, já que muitas vezes os centros de ensino fazem o trabalho que seria da secretaria de assistência social, o que tem gerado inclusive denúncias no MEC, segundo Soares.
Resultados do encontro
Conforme a assistente social da SETAS, Coracilda Pinheiro, são 67 municípios em Mato Grosso que aderiram ao Acessuas Trabalho e se comprometeram a desenvolver as ações pactuadas. Os municípios que não enviaram representantes serão contatados nos próximos dias e orientados por e-mail ou telefone a respeito de informações importantes que precisam saber.
Em um balanço, a assistente social mostrou satisfação com os resultados do encontrou e afirmou que os maiores beneficiados com o trabalho feito serão as pessoas mais pobres.
“A gente espera que a qualidade do serviço melhore. Os municípios não devem fazer por fazer as ações, mas é fazer conhecendo os procedimentos e alcançando os resultados que irão beneficiar a população hoje atendida pela assistência social”, declarou.
Balanço para Alto Araguaia
Alto Araguaia encaminhou um membro da coordenação do Acessuas Trabalho do município, que representou a cidade em Cuiabá. Conforme as informações prestadas pela coordenação, o encontrou serviu para ampliar o conhecimento sobre o projeto, inclusive aprendendo com a experiência de outros municípios. O que a população araguaiense pode esperar agora é um serviço ainda mais qualificado. De acordo com a entidade, o trabalho de qualificação profissional pelo Pronatec, o apoio às famílias na busca de emprego e na criação de negócios próprios será melhorado.
